Um interessante artigo de Maria Marta Lobo de Araújo, disponível online, publicado em MILLÁN, José Martínez, e LOURENÇO, Maria Paula Marçal (dir.), Las Relaciones Discretas entre las Monarquías Hispana y Portuguesa: Las Casas de Las Reinas (siglos XV-XIX), Madrid, Ediciones Polifemo, 2008.
Imagem: Planta de Vila Viçosa, publicada em La memoria ausente. Cartografia de España y Portugal en el Archivo Militar de Estocolmo. Siglos XVII y XVIII.
Ambos muito interessantes. Especialmente a planta de V. Viçosa!
Na minha tese de mestrado vou estudar azulejaria, datada do primeiro quartel do século XVIII, que parecem representar cenas de bélicas, do século XVII (pós – Restauração). Podia-me indicar, se não for pedir muito, alguma bibliografia que conheça sobre esse período, mais concretamente sobre o vestuário e armamento da época?
Cumprimentos
JM
Caro JM,
Muito obrigado pelo seu comentário.
Em relação à sua questão, devo dizer que não existem muitas monografias sobre uniformes e armamento do exército português do início do século XVIII. As seguintes obras poderão ser úteis:
LOPES, Carlos da Silva – “Contribuição para o Estudo dos Uniformes Militares Portugueses desde 1664 até 1806″, in Documentos e Memórias para a História do Porto – XXIX: Exposição Histórico-Militar, em Homenagem a Mouzinho de Albuquerque, no 1.º Centenário do seu Nascimento, Porto, Publicações da Câmara Municipal do Porto, Gabinete de História da Cidade, 1958.
RODRIGUES, Manuel Ribeiro – 300 anos de uniformes militares do exército de Portugal, Lisboa, Sociedade Histórica da Independência de Portugal, 1998.
Para o período da Guerra da Sucessão de Espanha, será útil consultar BORGES, João Vieira – Conquista de Madrid, Lisboa, Tribuna da História, 2003.
Apesar de datada, não será de desprezar a obra do general Ferreira Martins, História do Exército Português, Lisboa, Editorial Inquérito, 1945.
Não resisto a apontar uma curiosidade sobre azulejaria de temática bélica do século XVIII. O Palácio dos Henriques em Estremoz (mais conhecido por Palácio Tocha) apresenta, no seu salão central, painéis de azulejos alusivos às batalhas da Guerra da Restauração – daí ser esse salão conhecido por”Sala das Batalhas”, como a do Palácio dos Marqueses de Fronteira, em Lisboa. No entanto, os uniformes e armamento ali representados são do século XVIII, com um ou outro pormenor mais fantasista (por exemplo, cimitarras), nada tendo em comum com o material bélico do período da Guerra da Restauração.
Espero que as indicações que aqui lhe deixei possam ser úteis.
Com os melhores cumprimentos,
Jorge P. de Freitas